quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Beryl + XGL + ATI 200M + Ubuntu Feisty 7.04

Boa noite pessoal, estarei apresentando nesse post a instalação do Beryl no Ubuntu Feisty na placa ATI Radeon Xpress 200M. Esse post é baseado no blog glixshy. Enjoy!

1º Vamos instalar o drive proprietário da placa, vá no menu superior "Sistema">"Administração">"Gerenciado de Drivers Restritos".
Habilite o "Drive de aceleração de video ATI".
O sistema irá fazer o download da placa e irá instalar o driver. Após isso, reinicie o sistema.

2º Após a inicialização do sistema, abra um "terminal"(Menu superior "Aplicações">"Acessórios">"Terminal").

Digite: glxinfo | grep direct

Como resultado, deve aparecer:

direct rendering: Yes

Isso indica que o drive foi instalado corretamente.

3º Agora vamos configurar nosso repositório para instalar os problemas necessários:
No "Terminal" ainda, digite:

sudo gedit /etc/apt/sources.list

Esse comando irá abrir um arquivo e na última linha desse arquivo, digite:

deb http://ubuntu.beryl-project.org/ feisty main

Salve o arquivo e feche-o.
Agora vamos autenticar o repositório, no "Terminal", digite:

sudo wget http://ubuntu.beryl-project.org/root@lupine.me.uk.gpg -O- | sudo apt-key add -

E depois:

sudo apt-get update

4º Agora vamos instalar o "Beryl" e efetuar suas configurações.
No "Terminal" digite:

sudo apt-get install beryl beryl-manager beryl-ubuntu xserver-xgl

Isso instalar os programas necessários, "beryl", "beryl-manager", "beryl-ubuntu" e "xserver-xgl".
Depois de baixados e instalados, iremos criar um arquivo de configuração, digite:

sudo gedit /usr/local/bin/startxgl.sh

Dentro desse arquivo, insira esses script:

#!/bin/sh
Xgl :1 -fullscreen -ac -accel xv:pbuffer -accel glx:pbuffer &
DISPLAY=:1
cookie="$(xauth -i nextract - :0 | cut -d ' ' -f 9)"
xauth -i add :1 . "$cookie"
exec dbus-launch --exit-with-session gnome-session

Salver e feche o arquivo. Vamos dar as devidas permissões para esse arquivo, digite no "Terminal":

sudo chmod a+x /usr/local/bin/startxgl.sh

A seguir, vamos criar outro script para inicializar o XGL:
Digite no "Terminal":

sudo gedit /usr/share/xsessions/xgl.desktop

Insira as seguintes linhas no arquivo:

[Desktop Entry]
Encoding=UTF-8
Name=Xgl
Comment=Start an Xgl Session
Exec=/usr/local/bin/startxgl.sh
Icon=
Type=Application

Salve e feche o arquivo.
Agora vamos criar um novo arquivo, digite no "Terminal":

sudo gedit /etc/apt/preferences

Depois insira as seguintes linhas:

Package: *
Pin: release o=lupine
Pin-Priority: 1000


Salve e feche o arquivo.
Vamos atualizar o nosso repositório, digite no "Terminal":

sudo apt-get update

Por motivos de compatibilidade vamos utilizar a versão 2.0 do Beryl, digite no
"Terminal":

sudo apt-get install beryl-core=0.2.0~0beryl1

Pronto!!!
Agora é só fechar a sessão e na tela de login, clique em "Opções">"Sessão">"XGL".
Entre no sistema normalmente. Depois abra um "Terminal" e digite:

beryl-manager

Pronto! Seja feliz agora.
Se quiser automatizar o último comando, para que ele já inicie logo que entrar no sistema, vá ao menu superior "Sistema">"Preferencias">"Sessões".
Vá na aba "Programas iniciais", clique no botão "Novo".
De o "Nome" que desejar. E no comando digite:
beryl-manager
Pronto!!!
Espero que tenha ajudado vocês.
Abs a todos!

Conisli 2007

Esse último fim de semana(09/11, 10/11 e 11/11), na cidade de São
Paulo, ocorreu o Congresso Internacional de Software Livre 2007
(CONISLI) e como vocês devem prever, um dia(10/11), pelo menos, lá
estava eu.
Ocorreu na Universidade Cidade de São Paulo (UNICID), que
disponibilizou 6 salas e 1 auditório para o evento. Apesar da grande
quantidade de palestras o pessoal do SL não compareceu em massa.
Tive o prestígio de assistir algumas palestras interessantes e irei
comentar individualmente:

- "Compiere/Adempiere, ERP de Código Aberto" - Fernando Xavier
Cheguei no meio pro final da palestras, foi mais um bate-papo, uma
apresentação do ERP a diferença do Compiere e Adempiere, os focos de
cada projeto e o dando um noção básica do modelo de negócio utilizando
software como serviço.

- Almoço

- "Módulo BOPE de Perl" - Não lembro
Durante o almoço havia uma única sala "dando palestra", na verdade
era mais um bate papo da comunidade de Perl que eu entrei de gaiato e
eles apresentaram o módulo BOPE, muito interessante e divertidíssimo
ao extremo, a idéia é você programar de acordo com o filme "Tropa de
Elite", incluindo algumas palavras reservadas como "p*rra, car*lho"
sem efeito algum, podendo ser utilizado no código sem problema =)

- "Por dentro do BSD" - Alan Silva (Jumpi)
Gostaria de conhecer a familia BSD, bem, não vou me alongar senão
sou tachado de sunita, mas gostaria de saber as principais diferenças
do sistema, mas logo fui alertado pelo palestrante (30 min atrasado,
usando MAC =P) que seria mais focado ao desenvolvimento do sistema.
Beleza! Lá vamos nós desenvolver módulos pro BSD. Foi interessante
conhecer outro mundo... não que eu tenha gostado.

- "Xen - A Próxima Fronteira" - Marco Sinhoreli
Muito interessante a palestra, o palestrante muito bom também. Fez uma
apresentação do Xen, como ser utilizado em um ambiente corporativo,
quais as funcionalidades dele e as diferenças em relação a outros.
Bom, 4 estrelas =)

- "SNORT IDS para todos os níveis" - Rodrigo Ribeiro Montoro
Palestra sobre a utilização do snort no monitoramento da rede,
ferramentas úteis que o auxiliam, onde o snort pode ser utilizado e
etc. Bom também.

- "In-Depth Hardening Techniques - Securing Linux" - Georgy Berdyshev
Essa foi a única palestra internacional que eu vi na grade de sábado
(10/11). O palestrante, Georgy Berdyshev é um garoto de 20 anos que
auxilia a Canonical no desenvolvendo do Kernel para uma maior
segurança contra virus, bugs e outros problemas que podem debilitar o
sistema operacional. Deu uma prévia sobre segurança do sistema
operacional, as ameaças e algumas técnicas usada no melhoramento do
kernel e sua preocupação com o usuário final.

Enfim, o evento foi interessante. Foi desorganizado, não havia uma
grade horário realmente finalizada com todos os dados referentes sobre
palestrante e tema, alguns horário estava preenchido com o nome da
patrocinadora da palestra e mais nada, praça de alimentação meio
limitada, apenas a cantina do colégio ao alcance. Os stands de
patrocinadores ou até mesmo empresas que apoiaram o evento foi
pouquissimas em relação ao ano passado que, aparentava ser o dobro
desse ano.
Mas enfim todo esforço do pessoal da organização de promover o SL foi
válida, mas bem que poderia cobrar mais barato nas próximas edições 30
pila pra estudante comprando 1 mês adiantado é um pouco abusivo.

Abraço a todos!

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Uma leiga em SL no Yahoo

Olá a todos, estarei respondendo as questões abordada por essa leiga em software livre criticando o mesmo, dizendo a visão da yahoo sobre o SL. As respostas estão em itálico e vermelho. =)

Fonte: http://br.tecnologia.yahoo.com/070801/54/1mvim.html

Sete pecados do software livre
Ter, 31 Jul - 23h02

Pensaram que íamos ficar só nos elogios ao mundo do open source? Que nada. Como qualquer coisa, o modelo de desenvolvimento de código aberto também tem sua dose de problemas. Veja, a seguir, os mais citados por aqueles que acreditam que software proprietário ainda tem vez:

"Coitados... o software proprietário tá morrendo que nem a maquina de escrever morreu na chegada dos computadores...."

1 – Custo: pode parecer difícil competir com algo que muitas vezes é grátis, mas é preciso lembrar de que o software livre continua tendo custos de suporte e treinamento – este último freqüentemente mais caro do que no mundo dos programas proprietários, já que a maioria dos profissionais já está acostumada a eles e precisa reaprender uma série de atividades nos programas abertos.

"Bom, seria um excelente argumento se ele fosse verídico em casos de treinamentos, duvida? Consulte www.sp.senac.br, www4linux.com.br, www.brasefigueiredo.com.br, www.kasolution.com e www.impacta.com.br. Estamos falando do mesmo nivel de treinamento é claro, se formos falar de usuários, um treinamento interno, elegendo alguns multiplicadores seria o suficiente.

No caso de consultorias, varia de caso a caso, claro que um consultor formado em RHCE vai cobrar bem mais caro que um MCP Window Server 2003, mas se for comparado a um MCSE, bem, os valores se aproximam, mas o RHCE com certeza irá cobrar um pouco mais caro, devido a mão-de-obra muito bem especializada.

Agora vamos juntar o preço de treinamento, consultoria e licensas, você realmente acredita que o software livre custa mais caro do que o proprietário? Já em curto prazo você nota a diferença de investimento, agora vamos analisar a longo prazo, onde temos uma empresa independente de fornecedores, com uma equipe qualificada, LIVRE de licensas anuais, por usuários, por acesso, ou seja lá qual for o tipo de licensa."

2 – Interface: não estamos falando de beleza, mas de facilidade de uso. Embora existam exceções, muitos programas abertos são construídos de acordo com a lógica dos programadores envolvidos, o que pode não fazer sentido nenhum para o usuário. Em outras palavras, são difíceis para uma pessoa comum usar simplesmente porque não foram feitos para ela, mas para outros programadores.

"Depende das aplicações, alguém tem alguma dificuldade de usar o pacote Office? Por que funciona da mesma forma o OpenOffice, software livre. Alguém tem dificuldade de usar um navegador de internet? Alias quais sistemas são mais usados? Sistemas corporativos? CRM? ERP? Temos vários softawares comerciais livres bem competitivos, Sugar CRM, Compiere e outros. E funciona da mesma forma como os proprietários, dificuldade em instalar softwares? Alguém já usou Ubuntu? ou Debian mesmo, onde a linha de comando que vc digita apt-get install , e deixa o programa ser instalado, nem precisa ficar dando 'next', 'next', 'next', 'install', apenas apt-get install , que ele instalada TODAS as dependencias que o programa precisa =)

Softwares desenvolvidos para programadores é o E-Mac, e sinceramente, que que um usuário comum vai fazer em um E-mac? em um Vi? É a mesma coisa que você instalar um Visual Studio para um usuário comum e dizer: 'Usa!!!', ele realmente não sabe o que fazer."

3 – Documentação: programadores gostam de programar, não de escrever manuais. Sem uma área dedicada ou a obrigação de fazê-la, por que dedicar tempo a produzir ou manter atualizados os guias de seus softwares? Pior: mesmo quando a documentação existe, é escrita para quem já conhece a tecnologia a fundo. Assim como a interface, acaba excluindo o usuário comum.

"Alguém já viu um usuário comum ler documentação? Putz, olha o argumento do indivíduo. Alguém ficou sem achar resposta sobre Linux em lista de discusões, forum, sites especializados e etcs? A documentação existe e está ao alcance de TODOS, seja usuário de software livre ou não. Tenho que rir disso pra não chorar, olha a ignorância das pessoas em relação a software livre."

4 – Restrições contratuais: embora uma das virtudes do software livre seja a possibilidade de qualquer um modificá-lo, quando se compra um pacote open source ou contrata uma empresa para dar suporte a determinado programa, umas das condições do contrato é que você não altere nada no código, para não inviabilizar o suporte. Ou seja: no final, é praticamente um retorno ao modelo fechado.

"O q? Que empresa faz isso? Nuncaaa vi uma empresa que informe isso em contrato, nem informalmente. A consultoria é contratada para dar suporte e fazer customizações, como é que ela pode informar que vc não altere o código para inviabilizar o suporte??? Não existe backup da ultima versão instalada? Controle de versão de software? Que empresa deixa as pessoas alterar os softwares a vontade? Sinceramente, acho que a autora tentou achar um argumento pra encher linguiça. Isso seria um problema de processos da empresas, segurança da informação e etcs, não do software livre, senão toda empresa que desenvolve softwares interno estão de complicando, tsc tsc tsc"

5 – Estímulo: as associações de produtores de software fechado adoram defender este ponto: sem a possibilidade de proteger seu trabalho intelectual para lucrar com ele, há pouco estímulo para empresas e programadores independentes (exceto no meio acadêmico) dedicarem esforços ao software. Os bilionários da indústria de software nunca teriam chegado lá se tudo o que criaram fosse aberto.

"Alguém conhece o movimento free software foundation? A autora conhece mesmo o que é software livre e as motivações de seus programadores? A real definição de Hackers? Isso é a cultura hacker, a cultura do conhecimento, da gestão do conhecimento. A motivação é o bem estar, a auto evolução, o reconhecimento de seus pares, o sentimento de ajudar outras pessoas e o prazer de programar. Claro que queremos fazer negócios com a programação, com a informática, mas não utilizamos o softwares como produto, e sim como serviço, você gostaria de melhorar alguma coisa em um softwares? Me contrate, eu melhoro para você! Gostaria de um softwares para fazer tal coisa? Ótimo, me contrate, eu crio para você! Quer um software pra tal coisa pra agora, já, nesse instante? Tudo bem, me contrate, eu indico e faço o download para você, como fazer isso virar um grande negócio??? Ouvi consultorias? =)"

6 – Organização: dizem que a imagem de centenas de programadores espalhados pelo mundo, colaborando espontaneamente com um projeto, não passa de um mito. Os projetos open source bem sucedidos seriam aqueles em que há um pequeno núcleo de pessoas coordenando o projeto, ainda que apoiados por uma comunidade maior. Quando vira anarquia, a evolução do programa se torna lenta ou simplesmente pára.

"E qual a desvantagem nisso, delegando tarefas a grandes icones do software livre indicando o que deve publicado ou não das infinitas idéias que surge no mundo. Isso é uma vantagem, chega para nós, nas principais distribuições, ou versões, softwares livres filtrados, com as melhores ideias!"

7 – Abertura: o modelo sem compromissos comerciais permite que se criem novos recursos indefinidamente, muitas vezes em detrimento do aperfeiçoamento do que já existe e sem preocupação com datas de entrega. Em longo prazo isso pode ser bom, mas para quem está esperando um novo release mais estável de um programa, é complicado não ter nem de quem cobrar um cronograma.

"Alguém já cobrou da micosoft por uma atualização de patch? Ou por uma nova funçãozinha no Excel? Alguém programa em Visual FoxPro? Se sim, como se sentiram quando a micosoft matou seu ambiente de desenvolvimento? Alguém cobrou deles por uma atualização? Acho que não, mas vamos pensar por outro lado, já que eles não desenvolve atualizações pq eu não posso desenvolver minhas atualizações? Contratar consultores para fazer isso? Hum... que legal eu posso criar qualquer coisa que iria me diferenciar dos meus concorrentes, o meu software não iria ser uma commodities, e só eu teria essa otimização. Hum... é...acho que o software proprietário não me dá essa liberdade, e ainda tenho que pagar a licensa =/"

Fonte: parte dos pontos abordados aqui foi adaptada de questões levantadas por Michelle Levesque, em Fundamental issues with open source software development.